Aí vão algumas resenhas de discos já lançados, mas que merecem destaque na coluna:
SINAL ABERTO – PAULINHO DA VIOLA E TOQUINHO (AO VIVO - 1999)
O disco duplo foi gravado na apresentação de gala feita no Canecão, nos dias 14 e 15 de setembro de 1999. Paulinho da Viola e Toquinho, em shows magníficos, fizeram uma parceria digna de dar orgulho ao povo e música brasileira. Em uma sincronização perfeita, os acordes tocados com a já conhecida classe magistral de Toquinho, parecem completar a suavidade e elegância da bela voz de Paulinho.
No show, clássicos de ambos os compositores como "Nada de Novo", "Dama de Espadas", "Dança da Solidão" e "O Caderno/ Aquarela". O destaque fica para uma lindíssima apresentação solo feita por Toquinho, onde ele harmoniza três canções, "Se ela Perguntar/ Caminho de Roças/ Gente Humilde" que são literalmente "cantadas" pelas cordas de seu violão. O violonista paulista ainda toca "Tarde em Itapuã" e "Regra Três". Já Paulinho, leva a emoção ao público em "Sinal Fechado" e a empolgação geral em "Timoneiro” e “Argumento".
Um trabalho divino só poderia ser o resultado de uma brilhante parceria entre dois gênios.
Faixas:
CD1
01 - Nada de Novo
02 - Que Maravilha
03 - Na Canola
04 - Desencontro
05 - Corcovado
06 - Dama de Espadas
07 - Duvide-o-dó
08 - Minha Profissão
09 - Onde a Dor não tem Razão
10 - Coração Merudente
11 - Tua Amarim
CD2
01 - Caso Encerrado
02 - Cantando
03 - Ame
04 - Se Ela Perguntar
05 - Desafinado
06 - Dança da Solidão
07 - O Caderno
08 - Lamento
09 - Sinal Fechado
10 - Tarde em Itapoã
11 - Regra Três
12 - Turbilhão
13 - Caso Encerrado
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THE DOORS – STRANGE DAYS (1967)
Remotos tempos de 1967, a banda The Doors do ainda então promissor Jim Morrison lança o seu segundo disco no mesmo ano. Em "Strange Days", o trabalho foi feito com capricho. Músicas com melodias desde amorosas até em tom de protesto, ficariam marcadas eternamente entre os melhores sucessos da banda.
O disco une a atmosfera misteriosa e questionadora - característica da banda - com uma outra amorosamente gostosa. As letras, hora suaves, hora ácidas, mas sempre geniais, vêm muitas vezes acompanhadas de versos poéticos, arte costante em grande maioria das líricas do grupo. E a poesia torna-se literal na faixa "Horse Latitudes", que é recitada sob um efeito estremecedor e agoniante do teclado. O som, que não é uma música, está longe de ser agradável, entretanto pode-se perceber que a intenção deles era de fato, causar mal-estar. A faixa é imediatamente emendada com "Moonlight Drive", que é a mais pura poesia amorosa de Morrison, dada as metáforas como "Vamos nadar até a lua/ Vamos escalar a maré/ Penetrar na noite que/ A cidade dorme para esconder..." é de arrepiar. As paixões da juventude e a tônica da mulher como centro das inspirações segue nas canções "You're Lost Little Girl", "I Can't See Your Face in My Mind", "Unhappy Girl" e "My Eyes Have Seen You". Já o mistério, as críticas abstratas e o protesto ficam por conta de "Strange Days" e "People Are Strange", que mostram a visão de mundo de uma banda revolucionária para a época. E finalmente, a coisa esquenta de vez em "When The Music's Over", uma das melhores músicas do grupo. Conhecida por sua polêmica, a faixa é também a mais longa do álbum. Nela, Morrison extravaza toda a sua rebeldia em forma de arte e choca com o teor de suas histerias. "Father - I want to kill you - Mather?.... - I want to...- Huuu yeahh..." neste fragmento digno de Édipo, dá pra se ter uma noção até onde eles poderiam chegar. Se até hoje eles conseguem impressionar e chocar, imagine em 1967...
Faixas:
01 - Strange Days
02 - You're Lost Little Girl
03 - Love Me Two Times
04 - Unhappy Girl
05 - Horse Latitudes
06 - Moonlight Drive
07 - People Are Strange
08 - My Eyes Have Seen You
09 - I Can't See Your Face in My Mind
10 - When the Music's Over
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MOMBOJÓ - NADADENOVO (2004)
Uma banda nova, um primeiro disco, um som completamente diferente de tudo que se já viu. Foi com essa originalidade e audácia que o grupo pernambucano Mombojó apareceu no cenário musical. Misturando uma infinidade de ritmos, que vão desde o Samba/ Bossa, passando pelo Soul/ Rap e indo até as raízes do Rock/ Manguebit. A misturada parece ser meio maluca, mas agrada de primeira. O jovem conjunto, composto por voz, violão/ guitarra, baixo, bateria/ pandeiro, teclado e flauta conseguiu produzir músicas de extrema qualidade, variando climas de alegria (Deixe-se Acreditar), reflexão (Baú/ Cabidela), religiosidade (A Missa), amor (Nem Parece/ Merda) e até psicodelia (Estático/ Absorva). O resultado final do trabalho foi esse lindo disco, capaz de emocionar "à primeira vista".
A maturidade presente nas letras impressiona ainda mais ao se saber que os integrantes da banda, no ano do lançamento, tinham idades que iam de 17 a 21 anos. Nada mal para um começo de carreira destes jovens e promissores músicos. Mas infelizmente, o segundo disco da banda "Homem Espuma" (2006) frustrou boa parte de seus fãs e tornou-se exageradamente mal dosado nas características misturas de ritmos. O álbum deixou muito a desejar, e boa parte dessa decepção se deve à grande expectativa gerada no lançamento em 2006, visto que o sucesso de "Nadadenovo" foi estrondoso. A partir daí, a banda desandou, passou por momentos de crise (inclusive em alguns shows) e para piorar, ainda uma forte baixa com o falecimento de seu flautista.
O que resta agora, é aguardar seus próximos trabalhos. Talento, os jovens pernambucanos já mostraram que têm de sobra. Até demais, ao ponto de sair do compasso.
Faixas:
01 - Cabidela
02 - Deixe-se Acreditar
03 - Nem Parece
04 - Discurso Burocratico
05 - A Missa
06 - Absorva
07 - O céu, o Sol e o Mar
08 - Adelaide09 - Duas Cores
10 - Estático
11 - Merda
12 - Splash Shine
13 - Faaca
14 - Baú
15 - Container
No show, clássicos de ambos os compositores como "Nada de Novo", "Dama de Espadas", "Dança da Solidão" e "O Caderno/ Aquarela". O destaque fica para uma lindíssima apresentação solo feita por Toquinho, onde ele harmoniza três canções, "Se ela Perguntar/ Caminho de Roças/ Gente Humilde" que são literalmente "cantadas" pelas cordas de seu violão. O violonista paulista ainda toca "Tarde em Itapuã" e "Regra Três". Já Paulinho, leva a emoção ao público em "Sinal Fechado" e a empolgação geral em "Timoneiro” e “Argumento".
Um trabalho divino só poderia ser o resultado de uma brilhante parceria entre dois gênios.
Faixas:
CD1
01 - Nada de Novo
02 - Que Maravilha
03 - Na Canola
04 - Desencontro
05 - Corcovado
06 - Dama de Espadas
07 - Duvide-o-dó
08 - Minha Profissão
09 - Onde a Dor não tem Razão
10 - Coração Merudente
11 - Tua Amarim
CD2
01 - Caso Encerrado
02 - Cantando
03 - Ame
04 - Se Ela Perguntar
05 - Desafinado
06 - Dança da Solidão
07 - O Caderno
08 - Lamento
09 - Sinal Fechado
10 - Tarde em Itapoã
11 - Regra Três
12 - Turbilhão
13 - Caso Encerrado
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THE DOORS – STRANGE DAYS (1967)
Remotos tempos de 1967, a banda The Doors do ainda então promissor Jim Morrison lança o seu segundo disco no mesmo ano. Em "Strange Days", o trabalho foi feito com capricho. Músicas com melodias desde amorosas até em tom de protesto, ficariam marcadas eternamente entre os melhores sucessos da banda.O disco une a atmosfera misteriosa e questionadora - característica da banda - com uma outra amorosamente gostosa. As letras, hora suaves, hora ácidas, mas sempre geniais, vêm muitas vezes acompanhadas de versos poéticos, arte costante em grande maioria das líricas do grupo. E a poesia torna-se literal na faixa "Horse Latitudes", que é recitada sob um efeito estremecedor e agoniante do teclado. O som, que não é uma música, está longe de ser agradável, entretanto pode-se perceber que a intenção deles era de fato, causar mal-estar. A faixa é imediatamente emendada com "Moonlight Drive", que é a mais pura poesia amorosa de Morrison, dada as metáforas como "Vamos nadar até a lua/ Vamos escalar a maré/ Penetrar na noite que/ A cidade dorme para esconder..." é de arrepiar. As paixões da juventude e a tônica da mulher como centro das inspirações segue nas canções "You're Lost Little Girl", "I Can't See Your Face in My Mind", "Unhappy Girl" e "My Eyes Have Seen You". Já o mistério, as críticas abstratas e o protesto ficam por conta de "Strange Days" e "People Are Strange", que mostram a visão de mundo de uma banda revolucionária para a época. E finalmente, a coisa esquenta de vez em "When The Music's Over", uma das melhores músicas do grupo. Conhecida por sua polêmica, a faixa é também a mais longa do álbum. Nela, Morrison extravaza toda a sua rebeldia em forma de arte e choca com o teor de suas histerias. "Father - I want to kill you - Mather?.... - I want to...- Huuu yeahh..." neste fragmento digno de Édipo, dá pra se ter uma noção até onde eles poderiam chegar. Se até hoje eles conseguem impressionar e chocar, imagine em 1967...
Faixas:
01 - Strange Days
02 - You're Lost Little Girl
03 - Love Me Two Times
04 - Unhappy Girl
05 - Horse Latitudes
06 - Moonlight Drive
07 - People Are Strange
08 - My Eyes Have Seen You
09 - I Can't See Your Face in My Mind
10 - When the Music's Over
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MOMBOJÓ - NADADENOVO (2004)
Uma banda nova, um primeiro disco, um som completamente diferente de tudo que se já viu. Foi com essa originalidade e audácia que o grupo pernambucano Mombojó apareceu no cenário musical. Misturando uma infinidade de ritmos, que vão desde o Samba/ Bossa, passando pelo Soul/ Rap e indo até as raízes do Rock/ Manguebit. A misturada parece ser meio maluca, mas agrada de primeira. O jovem conjunto, composto por voz, violão/ guitarra, baixo, bateria/ pandeiro, teclado e flauta conseguiu produzir músicas de extrema qualidade, variando climas de alegria (Deixe-se Acreditar), reflexão (Baú/ Cabidela), religiosidade (A Missa), amor (Nem Parece/ Merda) e até psicodelia (Estático/ Absorva). O resultado final do trabalho foi esse lindo disco, capaz de emocionar "à primeira vista".A maturidade presente nas letras impressiona ainda mais ao se saber que os integrantes da banda, no ano do lançamento, tinham idades que iam de 17 a 21 anos. Nada mal para um começo de carreira destes jovens e promissores músicos. Mas infelizmente, o segundo disco da banda "Homem Espuma" (2006) frustrou boa parte de seus fãs e tornou-se exageradamente mal dosado nas características misturas de ritmos. O álbum deixou muito a desejar, e boa parte dessa decepção se deve à grande expectativa gerada no lançamento em 2006, visto que o sucesso de "Nadadenovo" foi estrondoso. A partir daí, a banda desandou, passou por momentos de crise (inclusive em alguns shows) e para piorar, ainda uma forte baixa com o falecimento de seu flautista.
O que resta agora, é aguardar seus próximos trabalhos. Talento, os jovens pernambucanos já mostraram que têm de sobra. Até demais, ao ponto de sair do compasso.
Faixas:
01 - Cabidela
02 - Deixe-se Acreditar
03 - Nem Parece
04 - Discurso Burocratico
05 - A Missa
06 - Absorva
07 - O céu, o Sol e o Mar
08 - Adelaide09 - Duas Cores
10 - Estático
11 - Merda
12 - Splash Shine
13 - Faaca
14 - Baú
15 - Container



